INSTRUMENTOS DE LUZ
Há muitos
instrumentos de luz. Os antigos usavam a candeia, alimentada com óleo e que
produzia luz bem fraca. Ainda hoje se usam, onde não há luz elétrica,
Iamparb1ás de querosene, também com luz baça, bruxuleante. Há, ainda, as velas,
já com luz mais agradável, mas também fraca e desigual. Vieram depois o gás e
afinal a luz elétrica e a fluorescente.
Cada
instrumento produz e apresenta sua luz, de acordo com sua capacidade. A vela
não deve envergonhar-se diante de uma forte lâmpada elétrica, por não poder
iluminar com a mesma intensidade que ela. Não deve, também, a candeia
esconder-se de um lampião a querosene ou a gasolina, por ser mais humilde. Cada
qual, fazendo sua parte fielmente, cumpre seu dever.
Por que não sei
contar como Caruso ou corno Del Delker,
deveria ficar calado, no canto congregacional? Por que não sei pregar como um
conferencista experiente, devo deixar de dar a alguém um folheto, ou ministrar
um estudo bíblico a uma alma sedenta? Por que não sou médico, devo deixar de
indicar a um doente um chá saudável ou um tratamento simples? Devo deixar de
orar pelos amigos descrentes, ou de lazer uma visita a pessoa doente física ou
espiritualmente, ou de escrever uma carta missionária a uma alma aflita? Por
que não sou farol, me recusarei a ser lampião? Por que não sou vela colorida,
de árvore de natal ou de bolo de aniversário, ou aristocrática vela a enfeitar
um piano de cauda ou fina cristaleira, deveria deixar de ser humilde vela comum
a iluminar um quarto de viúva pobre com um filhinho doente?
Ah, como é
séria, como é real a nossa responsabilidade!
Disse Spurgeon:
"Eu não dou muito por sua religião a menos que possa ser vista. Os
lampiões não falam; mas brilham. Um farol não rufa tambor, não faz soar o
gongo; no entanto, muito longe através das águas, seu facho de luz é visto pelo
marinheiro. Assim, brilhem suas ações mais do que sua religião. Seja o
principal sermão de sua vida ilustrado por toda a sua conduta, e não deixará de
ser ilustre."
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